HPB

A Próstata é uma glândula presente nos homens localizada abaixo da bexiga, abraçando a uretra (canal por onde a urina passa durante a micção) e anterior ao reto e ânus. Tem importante função na produção de secreção para o ejaculado ( o sêmem).

A Hiperplasia Benigna Prostática (HPB) é uma doença comumente presente nos homens acima de 50 anos.

Os sintomas mais comuns são dificuldade para iniciar a micção, acordar diversas vezes para ir ao banheiro, gotejamento no final da micção e sensação de que não urinou tudo que precisava.

Os exames realizados na HPB são Ultrassom de próstata (para estimar o seu tamanho e para ver a bexiga), a fluxometria e o estudo urodinâmico.

O tratamento da HPB é importante pois melhora a qualidade de vida do homem, e impede uma piora da função renal e descompensação vesical evitando que ocorra um quadro de retenção urinária e venha a precisar do uso de sondas. Esse tratamento pode ser feito através de medicações orais, ou cirurgias minimamente invasivas (raspagem da próstata com laser, por exemplo).

Os tratamentos cirúrgicos da HPB são:

- RTUp (Ressecção Transuretral da próstata) cirúrgica realizada sem cortes, na qual os lobos aumentados da próstata são raspados, abrindo assim, o fluxo urinário. Essa cirurgia não necessita de anestesia geral, e o paciente fica internado por aproximadamente 3 dias.

- Ressecção a L.A.S.E.R: técnica transuretral (também sem cortes) na qual os lobos aumentados da próstata são vaporizados com um LASER. A grande vantagem dessa técnica é que o paciente pode ter alta hospitalar no mesmo dia da cirurgia, não necessitando ficar internado e diminuindo o tempo necessário de sondagem.

- Prostatectomia Transvesical: Técnica na qual é retirado todos os lobos prostáticos hiperplásicos, abrindo completamente o caminho para um bom fluxo urinário. Essa técnica é indicada para próstatas de tamanho bastante aumentado, podendo ser realizado por via aberta, laparoscópica ou robótica.

A partir dos 45 anos é importante a visita ao Urologista para o diagnóstico precoce e acompanhamento da doença.

DAEM

A Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino, por muitos conhecida erroneamente como “Menopausa Masculina” atinge de 15 a 20% dos homens acima de 50 anos. Essa doença consiste na diminuição da produção de testosterona, junto com sintomas como fadiga, disfunção erétil, perda da libido, e aumento da gordura visceral e diminuição de massa muscular.

O diagnóstico da doença é feito através da dosagem hormonal, e a reposição da testosterona é indicada em alguns casos, com o objetivo de melhora da qualidade de vida do paciente, e diminuir os sintomas indesejados.

O tratamento hormonal deve ser acompanhado de perto por um médico capacitado, pois a administração errônea de hormônios pode levar a tromboembolismos.

“Existem riscos na administração de testosterona para homens com níveis normais e sem nenhuma indicação médica”.

Disfunção Erétil

As disfunções sexuais masculinas são mais comuns do que se imagina. Porém o homem, geralmente por vergonha, deixa de procurar o urologista.

Saiba que hoje há diversos tratamentos específicos para cada causa. Uma gama variada de medicações orais, injetáveis e até tratamento cirúrgico são hoje fartamente disponíveis.

A disfunção erétil é a incapacidade do homem de conseguir obter ou manter uma ereção que possibilite a realização de uma relação sexual satisfatória.

Há estudos que apontam que, no Brasil, aproximadamente 50% dos homens com mais de 40 anos apresentam algum grau de disfunção erétil.

A disfunção erétil também pode ser o primeiro sintoma de um problema cardiovascular, e por isso, deve ser investigada e devidamente tratada.

Outras causas comuns de disfunção erétil são problemas neurológicos (Esclerose Múltipla, doença de Parkinson, AVC), distúrbios hormonais (baixos níveis de testosterona, problemas na glândula tireoide), psicológicas ou abuso de algumas substâncias.

A consulta com o Urologista tem como objetivo identificar a causa dessa doença que tanto preocupa os homens, e fazer um tratamento individualizado.

Ejaculação Precoce

A ejaculação Precoce (ou rápida) ocorre quando a ejaculação do homem acontece antes de haver a penetração, ou em um tempo menor do que o necessário para que o homem e sua parceira ( ou parceiro) tenham para uma relação sexual satisfatória.

A Ejaculação precoce não é propriamente uma doença, mas um sintoma de alguma outra doença ou preocupação do homem. É um problema de saúde relativamente comum, afetando até 30% dos homens em idade reprodutiva.

O tratamento pode ser feito em duas frentes: farmacológico e psicoterapia. Um tratamento adequado pode propiciar uma relação sexual mais satisfatória, e uma melhora na qualidade de vida do casal.

Infertilidade

A infertilidade é caracterizada como a não realização de uma gestação por um casal sexualmente ativo, após um período de um ano de tentativas.

O problema não deve ser encarado como uma condição exclusiva do homem, ou da mulher, mas sim do casal. Por isso, o casal precisa ser avaliado conjuntamente.

No homem, a principal causa de infertilidade é a Varicocele (presença de dilatação das veias testiculares), condição que pode ser revertida com cirurgia.

Uso de alguns medicamentos, história prévia de traumas e cirurgias, infecções e caxumba podem causar ou agravar a situação.

Exame físico além de laboratoriais como ultrassom dos testículos, espermograma e avaliação hormonal fazem parte da investigação.

O acompanhamento do casal é de fundamental importância para o sucesso do tratamento dessa condição.

ISTs

ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), são transmitidas na maior parte, através de contato sexual sem a utilização de camisinha, com pessoa que esteja infectada. Normalmente podem se manifestar através de feridas, corrimentos, verrugas, porém, algumas pessoas não apresentam sintomas. As DST´s mais comuns entre homens e mulheres são a gonorreia, HPV e sífilis.

São doenças que, se não forem diagnosticadas no início, dificultam ou retardam o tratamento, acarretando inúmeras complicações em alguns casos, tais como, câncer, infertilidade e até mesmo a morte.

Periodicamente é necessário a realização de sorologias , principalmente, para as populações de risco. Lembrando que a melhor maneira de lidar com as doenças sexualmente transmissíveis é a prevenção. A prevenção pode ser primaria : quando se evita o contato ou se previne através do uso de preservativos, ou secundaria: quando se faz um diagnostico precoce e um tratamento individualizado rapidamente, evitando assim a novas transmissões e disseminação da doença.

HPV

O HPV (papiloma vírus humano) é responsável pela doença sexualmente transmissível (DST) mais frequente do planeta, que se manifesta através de verrugas nos genitais e outras áreas do corpo e está relacionado com doenças pré-cancerígenas.

No Homem é comum a presença de verrugas em região peniana ( principalmente no sulco balano-prepuciano) e na base do pênis. Essas lesões também pode se manifestar na região anal.

Denominadas tecnicamente condilomas acuminados e popularmente conhecidas como "crista de galo", "figueira" ou "cavalo de crista". Podem ser únicas ou múltiplas, de tamanho variável, achatadas ou papulosas, elevadas ou planas.

Sabemos que os homens contribuem para a infecção nas mulheres e estima-se que mais de 70% dos parceiros de mulheres com infecção cervical por HPV são portadores desse vírus. Ocorre em aproximadamente 75% da população sexualmente ativa exposta ao vírus. O Ministério da Saúde no Brasil registra a cada ano 137 mil novos casos de infecção por HPV.

Já existe uma vacina aprovada no Brasil, e é recomendada para meninas e meninos entre 9 e 26 anos.

O objetivo do tratamento das verrugas anogenitais (região genital e ânus) é a destruição das lesões. Independentemente da realização do tratamento, as lesões podem desaparecer, permanecer inalteradas ou aumentar em número e/ou volume.

O Tratamento deve ser individualizado, considerando características (extensão, quantidade e localização) das lesões, disponibilidade de recursos e efeitos adversos.

Os tipos de tratamento são químicos, cirúrgicos e estimuladores da imunidade.

Podem ser domiciliares (autoaplicados: imiquimode, podofilotoxina) ou ambulatoriais (ácido tricloroacético – ATA, podofilina, eletrocauterização, exérese cirúrgica, crioterapia e laser), conforme indicação profissional para cada caso.

O tratamento das verrugas anogenitais não elimina o vírus e, por isso, as lesões podem reaparecer. As pessoas infectadas e suas parcerias devem manter acompanhamento periódico e retornar médico após o tratamento inicial para acompanhamento e diagnóstico precoce das recidivas.

Além do tratamento de lesões visíveis, é necessário que os profissionais de saúde realizem exame clínico anogenital completo, pois pode haver lesões dentro de vagina e ânus não identificadas pela própria pessoa afetada.

Sífilis

É uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) curável e exclusiva do ser humano, causada pela bactéria Treponema pallidum. Pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios (sífilis primária, secundária, latente e terciária). Nos estágios primário e secundário da infecção, a possibilidade de transmissão é maior.

A sífilis pode ser transmitida por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada, ou ser transmitida para a criança durante a gestação ou parto.

Sífilis primária: Ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais da pele), que aparece entre 10 e 90 dias após o contágio. Essa lesão é rica em bactérias. Normalmente não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha. Essa ferida desaparece sozinha, independentemente de tratamento.

Sífilis secundária: os sinais e sintomas aparecem entre seis semanas e seis meses do aparecimento e cicatrização da ferida inicial. Podem ocorrer manchas no corpo, que geralmente não coçam, incluindo palmas das mãos e plantas dos pés. Essas lesões são ricas em bactérias. Pode ocorrer febre, mal-estar, dor de cabeça, ínguas pelo corpo.

Sífilis latente – fase assintomática: não aparecem sinais ou sintomas. É dividida em sífilis latente recente (menos de dois anos de infecção) e sífilis latente tardia (mais de dois anos de infecção). A duração é variável, podendo ser interrompida pelo surgimento de sinais e sintomas da forma secundária ou terciária.

Sífilis terciária: Pode surgir de 2 a 40 anos após o início da infecção. Costuma apresentar sinais e sintomas, principalmente lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte.

O teste rápido (TR) de sífilis está disponível sendo prático e de fácil execução, com leitura do resultado em, no máximo, 30 minutos. Nos casos de TR positivos (reagentes), uma amostra de sangue deverá ser coletada e encaminhada para realização de um teste laboratorial (não treponêmico) para confirmação do diagnóstico.

A estimativa da Organização Mundial de Saúde é que temos 30 milhões de novos casos/ano no mundo. No Brasil, essa estimativa é de 3,5 milhões de novos caso/ano.Esse cenário é assustador, tendo em vista que o meio de transmissão da sífilis é o mesmo que de outras DST, como a AIDS.

O diagnóstico, bem como o tratamento da Sífilis, depende do estágio da doença em que se encontra o portador. É de fundamental importancia o acompanhamento médico.

Gonorréia

A Gonorréia é causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae e na maioria dos casos está associada com a Chlamydia trachomatis. Essas duas bactérias são transmitidas por relação sexual, e o sintoma mais frequente no homem é o corrimento uretral, acompanhado de dor ao urinar. Em alguns casos, a infecção pode ser assintomática, o que pode levar a casos graves de estenose de uretra e infertilidade masculina e femininina, bem como o aparecimento de DIP (doença inflamatória pelvica) nas mulheres.

Ao aparecimento dos sintomas, o homem deve procurar o Urologista para o diagnóstico e inicio do tratamento adequado. O tratamento é realizado por antibióticos específicos.

Litíase

A Litíase Urinária é uma condição que atinge de 5-15% da população brasileira.

As principais causas da formação dos cálculos urinários são: má alimentação (alta ingesta de cálcio e sódio), fatores genéticos, infecções urinárias, alterações anatômicas e disfunções metabólicas. A litíase urinária pode ser evitada com uma alimentação adequada, consumo de ideal de líquidos e realização de atividade física.

Caso um paciente apresente um cálculo renal, ele tem risco de 50% de chance de adquirir um novo cálculo no futuro. Por isso, é importante a realização do estudo metabólico: realização de exames de sangue e urina para investigar a causa da formação dos cálculos.

O cálculo renal e ureteral (quando se encontra no ureter) pode ser bastante dolorido, gerando uma dor incapacitante em região lombar e abdominal, com irradiação para a parte interna da perna, e muitas vezes, se faz necessária a ida do paciente ao Pronto Socorro para administração de medicações fortes. Além da dor, é comum a presença de hematúria (sangue na urina) durante o período da dor. O cálculo urinário também pode ser assintomático, e ainda assim deve ser investigado e devidamente tratado.

A obstrução urinária por cálculos pode levar a uma piora da função renal, bem como quadro de infecções urinárias e até quadros graves, como a sepse (infecção generalizada).

O tratamento dos cálculos pode ser feito eletivamente ou como uma urgência, dependendo da localização e do quadro do paciente. As principais formas de tratamento do cálculo urinário são:

Tratamento Clínico: remédios para diminuir o tamanho do cálculo, para evitar sua formação, ou ajudar o organismo a eliminar o cálculo

LECO (Litotripsia Extracorpórea por Ondas de choque): técnica na qual através de US, as pedras são quebradas, sem a necessidade de cirurgia

- Ureterolitotripsia semi-rígida. técnica que utiliza um aparelho que percorre a via urinária do paciente e com o auxílio de um L.A.S.E.R. quebra os cálculos em ureter. Essa técnica não necessita de cortes no paciente, a recuperação é rápida e a alta hospitalar, precoce.

- Ureterorrenolitotripsia Flexível: técnica endoscópica para tratamento de cálculos ureterais altos, e cálculos renais.

Nefrolitotripsia Percutânea: recomendada para cálculos renais grandes.

Os cálculos urinários são condições potencialmente graves, que necessitam acompanhamento urológico precoce.

Incontinência Urinária Feminina

A incontinência urinária é a incapacidade de conter a urina de forma voluntária. É uma condição clínica de grande impacto na vida da mulher, levando a problemas físicos e psicológicos importantes. Apenas a paciente acometida sabe das restrições em sua vida social e econômica, o que piora muito sua qualidade de vida.

Campanhas de saúde sobre incontinência urinária são cada vez mais comuns e importantes para mostrar que essa condição NÃO É NORMAL, nem em pacientes mais idosos e também não é inevitável.

Os principais fatores de risco para o aparecimento da incontinência urinária são: tabagismo, múltiplas gestações, partos vaginais, partos com uso de fórceps, menopausa precoce, doenças neurológicas, infecções urinárias de repetição.

Há dois grandes grupos de incontinência Urinária: a de esforço e da urgência. A Incontinência Urinária de Esforço se deve a perda de sustentação da musculatura do assoalho pélvico, provocando perdas urinárias quando há esforços abdominais, tais como: tosse, espirro, risada, mudar de posição, exercícios físicos, e em casos mais graves: andar. Já a incontinência urinária de urgência é caracterizada pela contração involuntária da bexiga.

Para diferenciar os dois tipos de incontinência urinária é necessário uma avaliação médica e a realização de um exame chamado Urodinâmica. Após a avaliação detalhada do tipo de incontinência é possível o tratamento adequado e específico. O tratamento pode ser medicamentoso ou cirúrgico, dependendo do tipo e grau da incontinência. A cirurgia mais comum é a realização do Sling vaginal, na qual é colocada uma tela para sustentação da bexiga.

Infecções Urinárias de Repetição

As Infecções urinárias baixas de repetição, também conhecidas como cistites, são mais comuns em mulheres. Isso ocorre devido o comprimento da uretra ser pequeno (facilitando a ascensão dos micro-organismos). Aproximadamente 50% das mulheres terão pelo menos uma infecção urinária ao longo da vida.

Os cuidados de higiene após a relação sexual e a evacuação são de extrema importância na prevenção de infecções urinárias. Outros fatores de risco são diabetes melitos, presença de prolapso genital (bexiga caída), menopausa, incontinência urinária, e uso de espermicidas.

Apesar de frequente, as infecções urinárias não são algo normal. Acima de dois episódios em um período de 12 meses, é preciso uma investigação mais detalhada, pois algum alteração anatômica ou funcional do trato urinário está contribuindo para essas infecções.

A investigação de infecções urinárias recorrentes se dá através de alguns exames laboratoriais (urina, função renal e hemograma), e exames de imagem ( Ultrassom, tomografia, uretrografia miccional e exames de medicina nuclear).

É importante a prevenção correta das infecções urinárias e o uso adequado de antibióticos em seu tratamento, evitando assim selecionar bactérias super-resistentes, e impedindo uma ascensão da infecção para os rins.

Neoplasia de Próstata

A próstata é uma glândula localizada inferiormente à bexiga, e anteriormente ao ânus, e é responsável pela produção do líquido seminal. Com a idade é comum o crescimento dessa glândula, levando a uma dificuldade para urinar, situação conhecida como HPB (Hiperplasia Prostática Benigna).

Ao contrário da HPB, o Câncer de próstata em sua fase inicial é ASSINTOMÁTICO, e os primeiros sintomas só começa a aparecer em estágios bastante avançados.

O câncer de próstata é o tumor sólido mais frequente em homens acima de 50 anos, estimando um número de aproximadamente 1,2 milhões de casos novos por ano no mundo.

O câncer de próstata, quando diagnosticado no início, é um câncer que pode ser curado.

Por isso é importante o exame anual de rastreio (toque retal) e a coleta de PSA. O rastreio do câncer de próstata deve ser iniciado em homens a partir dos 50 anos, e para aqueles que têm história de câncer de próstata na família, o rastreio deve iniciar aos 45 anos.

O achado de um nódulo, ou um endurecimento da próstata no exame de toque, ou um PSA acima de 4,0 é indicativo para realização de uma biopsia da próstata.

Quando diagnosticado no início, o câncer de próstata pode ser tratado com cirurgia (prostatectomia aberta, vídeo-laparoscópica ou robótica) ou através de radioterapia. A decisão pela melhor forma do tratamento é uma decisão conjunta entre o médico e o paciente.

Câncer de Bexiga

O câncer de bexiga é o segundo tumor urológico mais frequente, e sua incidência aumenta a partir dos 60 anos.

A perda de sangue na urina (hematúria) micro ou macroscópica é o sintoma principal, mas outros sintomas irritativos do trato urinário baixo, como polaciúria, disúria e urgência em urinar também podem aparecer. Outros sintomas gerais nos casos avançados como anemia, emagrecimento, massas pélvicas também podem estar presentes.

O principal fator de risco para o aparecimento do câncer de bexiga é o tabagismo. Além dele, exposição a derivados do petróleo e alguns tipos de tinta.

O Diagnóstico do Tumor de bexiga se dá através de alguns exames como o Ultrassom de abdome que pode mostrar tumores maiores que 0,5cm na parede da bexiga. Mas o exame padrão-ouro é a cistoscopia (exame que se filma internamente a bexiga). Na cistoscopia é possível visualizar tumores pequenos e realizar biópsias das lesões para uma melhor elucidação diagnóstica e estadiamento da doença.

Cerca de 75% dos tumores de bexiga são identificados na sua fase inicial. Quando isso ocorre, o melhor tratamento é a realização da RTUb (Ressecção Trans-Uretral de Bexiga), uma cirurgia sem cortes que retira o nódulo, além disso, conseguimos saber se o tumor é superficial ou infiltrativo.

Em casos mais avançados é necessária a realização de cirurgias mais agressivas como a Cistectomia (retirada completa da bexiga) e quimioterapia.

Por causa disso, toda hematúria (sangue na urina) deve ser devidamente investigado com exames para se detectar precocemente o câncer de bexiga.

Câncer de Rim

O câncer de rim é o terceiro tumor sólido mais frequente no aparelho gênito-urinário, e representa aproximadamente 3% dos tumores sólidos. Geralmente acomete indivíduos entre 50-70 anos de idade, e atinge mais os homens.

Os principais fatores de risco para o câncer de rim são: tabagismo, obesidade, hipertensão, história familiar.

Os principais sintomas dessa neoplasia são: hematúria, dor na região dos flancos, e perda de peso. O diagnóstico se faz com ultrassom de abdome e tomografia computadorizada. Normalmente não é necessária a realização de biopsia para ter certeza do diagnóstico.

O único tratamento curativo do câncer renal é a cirurgia de retirada do rim, ou parte dele (Nefrectomia Total ou Nefrectomia parcial), e pode ser feita de maneira aberta, vídeo-laparoscópica ou robótica.